Angola não tem opção senão desvalorizar a sua moeda nacional, disse o economista angolano Precioso Domingos.
A desvalorização, disse, “é uma condição para se travar a queda das reservas internacionais”.
O economista disse ainda que embora isso possa resultar num aumento de preços, Angola tem que fazer um escolha entre “resolução da crise ou continuar a mitigar”.
Precioso Domingos fez por outro lado notar que “a inflação em Angola não resulta do excesso de procura, resulta da oferta pelo tem que se resolver o problema da produção interna”.
Os angolanos em geral e economistas em particular aguardam com expectativa quais as medidas que o novo governador do banco Nacional de Angola, José de Lima Massano, irá tomar.
Este substituiu Valter Filipe numa remodelação que muitos consideraram de inevitável na sequência do discurso do presidente sobre o estado da nação, uma vez que o estadista angolano defendeu, naquela mensagem, a integração de quadros especializados para dirigir o banco central.
Em declarações aos órgãos de comunicação social públicos, José de Lima Massano que volta ao banco central, dois anos depois da sua exoneração, disse que a instituição vai optar por uma gestão mais cuidada dos recursos limitados que tem.
Esta semana também ficou marcada com a visita do vice-presidente do Banco Mundial para África, que se avistou com o Presidente da República e deu garantias que a instituição que representa, está disponível em reforçar a assistência técnica ao Banco Nacional de Angola e em aumentar o apoio financeiro ao país.
Makhtar Diop, disse que o Banco Mundial tem uma agenda voltada ao relançamento do crescimento económico de Angola, à diversificação da economia, bem como à inclusão económica e social.
Este encontro com as autoridades angolanas acontece numa altura, que se aguarda para este mês, a vinda a Luanda de uma delegação do Fundo Monetário Internacional, cujo objectivo é de garantir uma assistência técnica ao governo angolano, a julgar pelas intenções manifestada pelo ministro das Finanças.