O militante e deputado da UNITA Jaka Jamba, falecido no domingo, 1, tem recebido homenagens de todos os sectores angolanos.
Familiares, UNITA, adversários políticos e colegas da academia consideram Jaka Jamba um homem de consenso.
Professor universitário, deputado pela bancada da UNITA, antigo embaixador de Angola na UNESCO e membro do Governo de transição em 1975, Almerindo Jaka Jamba foi vítima de acidente vascular cerebral.
Em comunicado, o Bureau Político do MPLA considerou que a morte de Jaka Jamba priva Angola de um “ilustre patriota, cidadão convicto e intelectual de mérito reconhecido e que tinha ainda muito a oferecer ao país”.
O Governo de Angola, através do vice-presidente, Bornito de Sousa, também considerou Jaka Jamba uma pessoa muito afável e de fácil trato.
“Como pessoa Jaka Jamba era uma pessoa de trato fácil, um individuo que procurava sempre o consenso, naquela fase muito difícil do Governo de transição em que éramos todos muito jovens, Jamba era um indivíduo muito calmo, que gostava muito do debate e guardou esta cultura até os seus últimos dias”, lembra Ngola Kabango, da FNLA, e antigo colega de Jamba no Governo de transição.
Kabango diz que Angola e a UNITA perderam um grande filho e um quadro.
A UNITA manifestou-se através de um comunicado e o seu porta-voz Alcides Sakala destaca a importância da perda.
“O Dr. Jaka Jamba deixa um vazio enorme, homem de pensamento, de cultura, de reconciliação, nós estamos profundamente abalados", disse Sakala.
Formado em Filosofia pela Universidade clássica de Lisboa, em Portugal, Jaka Jamba foi professor em Oeiras, de onde saiu em 1972 para a Suíça, passando a integrar a UNITA.
Em 1975 integrou, pela UNITA, a equipa que negociou no Algarve os Acordos de Alvor com o Governo português, de partilha do poder em Angola após a independência, e fez parte do Governo de transição, como secretário de Estado da Informação.
Era deputado e professor universitário em Luanda.