O Procurador-Geral de Angola junto do Serviço Provincial de Investigação Criminal do Kwanza-Norte ordenou a soltura do coordenador geral da União dos Activistas das 18 Províncias e de um membro da equipa de Ndalatando.
Sampaio Kibamba Muanza “Vunda Yetu” e Adão Araújo foram detidos na quarta-feira em Ndalatando por agentes da Polícia Nacional do município do Cazengo, quando estavam de regresso a Luanda, depois de manterem um encontro com um funcionário do gabinete do governador sobre a pretensão do grupo em realizar a 6 de Fevereiro uma manifestação na localidade.
Os activistas passaram a noite de quinta-feira numa cela do Serviço Provincial de Investigação Criminal e postos em liberdade no dia seguinte.
“Ficamos surpreendidos quando disseram que vocês têm que entrar na cela, porque o caso que estão a ser acusados é de desobediência e falsificação de documentos “, disse, Vunda Yetu, questionando o tipo de documentação “que falta e em que momento desobedecemos a autoridade governamental".
“O próprio comandante (municipal) também não sabia o que estava a passar na realidade porque, segundo ele, estava a cumprir uma orientação superior só para prender”, admitiu.
Além do Ministério Público, nenhuma outra autoridade pronunciou-se sobre a detenção dos dois activistas que deverão estar à disposição daquele órgão de justiça, não devendo abandonar as respectivas residências num período superior a cinco dias sem prévia autorização.
A União dos Activistas das 18 Províncias convocou uma manifestação para o próximo dia 6 de Fevereiro na cidade de Ndalatando que visa exigir a transparência nos concursos públicos e melhorias no atendimento de todos os serviços públicos.
Uma reunião para redefinição de toda actividade do grupo acontece nas próximas horas na capital angolana, Luanda.