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Angola procura alternativas à suspensão de financiamentos do Brasil


Barragem de Capanda, Angola
Barragem de Capanda, Angola

UNITA ciz que operação Lava Jato revela que a corrupção tem tentáculos no estrangeiro.

O Governo angolano anunciou está à procura de soluções alternativas à suspensão dos créditos do Brasil para obras no país, em particular no Pólo Agroindustrial de Capanda, o aproveitamento hidroelétrico de Laúca e a segunda central da barragem de Cambambe

A UNITA, principal partido da oposição, diz que o envolvimento do Executivo na operação Lava Jacto revela, uma vez mais, que a corrupção no país tem tentáculos no estrangeiro.

O porta-voz da UNITA, Alcides Sakala, considera que a suspensão dos financiamentos para 25 projectos de empresas investigadas na operação Lava Jato, determinada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) do Brasil, mancha a imagem de Angola no exterior.

Sakala vai mais longe e diz “não haver dúvidas quanto a isso”.

O porta-voz do principal partido da oposição reagia assim ao anúncio do ministro angolano de Energia e Águas, João Baptista Borges, citado pela imprensa, de que o Governo tem estado a procurar soluções alternativas para financiar o essencial da execução das obras no Polo Agroindustrial de Capanda, o aproveitamento hidroelétrico de Laúca, o alteamento de Cambambe e a segunda central da barragem de Cambambe, realizadas pela empreiteira brasileira Odebrecht, num total de 808,8 milhões de dólares ainda por desembolsar.

Borges reconheceu também que estão a ser registados alguns constrangimentos no financiamento da linha de crédito do Brasil, mais concretamente do BNDES.

Segundo o ministro, a execução do projecto do ciclo combinado do Soyo e de outros ligados ao abastecimento de energia e água é satisfatória, mas admitiu a existência de um abrandamento de alguns projetos, que estavam a ser financiados com recursos ordinários do tesouro angolano.

As empreiteiras Odebrecht, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez estão a ser investigadas no megaesquema de corrupção da petrolífera estatal Petrobras, conhecido por Lava Jato.

O antigo Presidente Lula da Silva é réu em dois processos em que é acusado de ter usado a sua influência junto do BNDES para conseguir financiamento a favor da Odebrecht e de uma empresa de um sobrinho dele para obras em Angola.

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