Um relatório da Organização Mundial de Saúde e do Banco Mundial divulgado na quinta-feira, 14, em Nova Iorque, revela que Angola é o país africano de língua português que tem menor cobertura sanitária, enquanto Cabo Verde é o melhor classificado.
O documento diz ainda que metade da população mundial não mundial não tem acesso a cuidados essenciais de Saúde.
Angola tem uma taxa de cobertura dos seus cidadãos de apenas 36 por cento, um dos níveis mais baixos do planeta.
Entre os demais países africanos de língua portuguesa, seguem-se a Guiné-Bissau, com 39 por cento, Moçambique (42%), São Tomé e Príncipe (54%), Cabo Verde (62%).
Portugal é o país lusófono com melhor resultado, com mais de 80% da sua população coberta, enquanto o Brasil fica perto, com 77 por cento, e Timor-Leste, bem distante, com 47 por cento.
O documento intitulado "Seguindo a Cobertura Mundial de Saúde: Relatório de Monitoria Global de 2017" indica também que pelo menos metade da população mundial não tem acesso a cuidados essenciais de Saúde.
O relatório, que avalia indicadores em mais de 120 países, refere que mais de 800 milhões de pessoas, o correspondente a 12 por cento da população mundial, gastam menos de 10 por cento do seu orçamento familiar em cuidados de Saúde.
A América Latina é a região no mundo que apresenta a menor percentagem de pessoas que gastam pelo menos 10 por cento do orçamento familiar em Saúde, registo que representa 14,8 por cento da população mundial, cerca de 88 milhões de pessoas.
Quase 100 milhões de pessoas caem na extrema pobreza (viver com menos de dois dólares por dia), porque têm de pagar pelos cuidados de Saúde, e outros 122 milhões caem abaixo da linha da pobreza (3 dólares diários) por causa dos gastos na Saúde.
Nos países pobres, apenas 17 por cento das mães e filhos recebem assistência médica básica, enquanto a percentagem aumenta para 74 por cento nas nações ricas.