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Angola: Pastor fala em perseguição de pequenas igrejas e líder muçulmano diz que estão impedidos de rezar no Ramadão


Igreja fechada no Namibe, Angola (Foto de Arquivo)
Igreja fechada no Namibe, Angola (Foto de Arquivo)

Operação Restaura fecha visa igrejas sem reconhecimento legal e muçulmanos em Cabinda e no Bié estão impedidos de rezar nas mesquitas

Após as operações Resgate e Transparência levadas a cabo em Angola, as autoridades lançaram agora a operação Restaura, que visa encerrar igrejas não reconhecidas legalmente no país.

Líderes responsáveis fala em perseguição contra o que chamam de pequenas igrejas e criticam as exigências para o reconhecimento de igrejas.

Na base desta operação, as autoridades apontam a proliferação de igrejas que, segundo elas, assumem o papel de unidades hospitalares, violando assim os direitos humanos.

Para o pastor Josué Henriques, da Igreja Tabernáculo Church, são preocupantes as operações criadas em Angola com vista a penalizar as pequenas igrejas.

“Por exemplo as igrejas que cultuam num espaço não acima de um espaço de 15 por 15 vão ser fechadas, nós não começamos com uma mega church, não é assim que se começam grandes igrejas, porque as igrejas não têm que extorquir os fieis, as igrejas dependem das ofertas e as ofertas são voluntárias, e na medida que vão crescendo, as igrejas mais tradicionais não são afetadas", afirma Henriques, acrescentando que “para se criar um partido só precisam de 15 mil assinaturas, mas para se legalizar uma igreja precisa-se de 60 mil”.

Aquele líder religioso diz que após as operações Resgate e Rransparência levadasa cabo no primeiro mandato de João Lourenço, das duas mil igrejas não reconhecidas apenas quatro foram legalizadas.

Quem também se mostra preocupado com a situação religiosa no país é David Já, secretário-geral da Comunidade Islâmica de Angola (COIA).

“Cabinda, Bié, os muçulmanos não estão a rezar nem estão a organizar o ramadão, violando a própria constituição”, diz aquele líder religioso.

A Voz da América tentou falar com o Governo e autoridades policiais, mas sem sucesso.

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