O pagamento de propinas durante o estado de emergência em Angola, em que não há aulas, provoca leituras diferentes.
Enquanto a Associação Nacional do Ensino Particular defende o pagamento de propinas, o Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) apela aos pais e encarregados de educação a não o fazerem, mas sim o Governo.
António Pacavira, presidente da Associação Nacional do Ensino Particular, diz ser importante que os professores não sejam esquecidos.
“O decreto que institui o estado de emergencia obriga a manter os empregos e manter os salários, nós temos que pagar os impostos, então por que as pessoas querem excluir os professores e querem aproveitar a ocasião para não pagarem as propinas”, questiona Pacavira.
Opinião contrária tem Francisco Teixeira, presidente do MEA, quem apela aos pais e encarregados de educação a não pagarem as propinas, enquanto responsabiliza o Governo a pagar os salários.
“Quem deve assumir o pagamento dos professores deve ser o Estado e não os estudantes que não estudaram”, sustenta Teixeira, que diz ter escrito uma carta ao “camarada Presidente da República para que meta ordem neste circo”.