A proposta final global, na próxima Terça-feira, cuja metade do valor de
cerca de 15 biliões de kwanzas, é para pagar a dívida pública que é neste mo momento e 90% do Produto Interno Bruto.
Economistas apoiam na generalidade o plano do governo de dar prioridade prioridade para a consolidação fiscal, com particular realce para o controlo da dívida pública e ao relançamento da atividade económica em Angola. Istocom o objetivo de sair "do campo negativo de crescimento" e a retoma da economia.
Contudo os economistas avisam que para o cidadão angolano a actual situação económica poderá deteriorar-se já que o orçamento não oferece garantias de crescimento económico.
Desde 2016 que Angola tem evidenciado taxas de crescimento negativas, que se repetiram em 2017 e 2018, apontando os dados preliminares deste ano igualmente para uma recessão económica.
No orçamento de 2020 o Governo angolano está a prever uma retoma do
crescimento económico, com uma taxa de crescimento de 1,8%, em que o
setor não petrolífero terá um crescimento de 1,9%, com especial
atenção para os setores da agricultura, pescas, indústria transformadora, para garantir os recursos necessários para a saída do campo negativo.
Economistas em Luanda apoiam a prioridade de se pagar as dívidas mas
entendem que muitas delas deviam ser investigadas e auditadas.
Acrescentam que muitas destas dívidas são falsas e se o governo
pretende de facto transparência, combater a corrupção, devia começar
primeiro por certificar toda a divida antes mesmo de as liquidar.
Ouça o debate com o empresário António Constantino, o deputado independente David Mendes, a deputada do MPLA, Ruth Mendes e o economista Yuri Quixina.aqui.