A oposição parlamentar angolana quer que os cidadãos sejam mais exigentes e exerçam maior pressão sobre os deputados.
Com as baterias direccionadas a mais um ano parlamentar que arrancou a 15 deste mês, os grupos parlamentares definem as linhas de força, para os debates dos assuntos mais importantes para a vida dos cidadãos.
A oposição apela os cidadãos a não deixarem tudo nas mãos dos deputados e a serem mais exigentes,na defesa dos seus direitos. A maior bancada da oposição pede para que o angolano pressione mais.
"O cidadão angolano deve começar a fazer crescer o seu nível de exigência porque é daí que nós podemos manter o Governo em alerta e consciente, que não deve dormir à sombra do deixa andar, dos interesses do bolso de cada um dos seus intérpretes", disse o vice-presidente do grupo parlamentar da Unita Adalberto Júnior.
Esta posição foi apoiada pelo presidente do grupo parlamentar da Casa-CE, André Mendes de Carvalho “Miau”, para quem “é necessário que os cidadãos deste país tenham consciência dos seus direitos e exijam de facto neste sentido"
Para o dirigente parlamentar da Casa-CE é preciso também que haja “vontade política para que a democracia seja uma realidade”.
Mendes de Carvalho diz ser importante sobretudoque "quem dirige o país esteja disposto a atingir este objectivo sem o qual o processo se torna muito difícil."
Por seu lado a deputada pelo MPLA Idalina Valente prefere vêr o problema na necessidade da reforma das instituições do Estado.
"Angola precisa aliás, como muitos países fazem permanentemente, de fazer reformas institucionais e sabemos que tem de haver esta reforma das nossas instituições", defendeu Valente.