Analistas falam da morte das empresas em Angola e do conflito com a autoridade tributária. Para falar sobre o assunto, ouvimos o empresário, Paulo Gaspar, o economista Carlos Rosado de Carvalho e Milton Costa, coordenador regional da Administração Geral Tributária.
Muitas empresas em Angola estão a declarar falência, enquanto outras se mostram tecnicamente falidas. Os empresários alegam a forte carga fiscal que está a ser exercida pela Administração Geral Tributária, que intensificou as suas acções de fiscalização, junto dos contribuintes.
Um grupo de empresários, filiados à Associação dos Empresários Industriais do sul de Angola manifestou-se, esta semana, contra uma medida da Administração Geral Tributária (AGT) que visa penhorar e bloquear contas bancárias a vários agentes económicos na região, situação que já levou 99% dos empresários na posição de falência técnica.
A província do Cunene foi a primeira a accionar o sinal vermelho quando, no mês passado, a classe empresarial local decidiu fechar as portas em protesto contra as decisões da AGT, que acusam de estar a cometer muitas irregularidades e a matar as empresas.
Na mesma ocasião, o grupo parlamentar da UNITA manifestou preocupação com o número de trabalhadores que foram despedidos e defendeu uma solução negociada para evitar prejuízos das partes envolvidas.
Economistas contactados pela Voz América consideram que o braço de ferro entre a entidade tributária e a classe empresarial, tem que ver com as dificuldades de tesouraria que o governo angolano está a enfrentar, nos últimos meses que têm condicionado, inclusive o pagamento dos salários e outras despesas correntes.
O Presidente da Associação Agropecuária Comercial e Industrial de Angola fala da actual situação das empresas nas províncias da Huíla, Namibe e Cunene.
Paulo Gaspar destacou que muitas das dívidas contraídas pelas empresas têm origem em anos como 2012 e o governo também não paga as suas dívidas.
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