Economistas angolanos consideram que o governo não tem agora outra alternativa senão aceitar as condições impostas pelo Fundo Monetário Internacional para ajuda financeira.
Mas um deles opõe-se a que o governo aceita como condição despedir trabalhadores do estado para reduzir as suas despesas.
Uma delegação do FMI chefiada por por Mário Zamaroczy, está desde Quarta-feira a tentar fechar a negociação de um financiamento a três anos de até 4.500 milhões de dólares.
Esta ajuda financeira do FMI, segundo o especialista Galvão Branco vai ser extremamente importante para garantir boa execução dos programas que o país já possui.
"O FMI vai ser muito importante no sentido de assegurar que quer o P.N.D. quer o programa de estabilidade macro económico sejam aplicados e executados correctamente”, disse acrescentando que o programa poder ajudar “no sentido de disciplinar e dar garantias de boa execução das próprias políticas que nós definimos".
Já o economista Sapalo António diz que já devia ser aceite esta ajuda há mais tempo, hoje o país não tem outra saída possível, para abandonar a crise.
"Angola foi fugindo ao FMI porque não tem hábitos de ser fiscalizado, nunca quis a transparência e nunca primou por boa governação antes preferiu lidar com países como a China que não impõe nada”.
“Hoje Angola volta ao FMI porque não tem outra maneira , é a única porta que lhe pode permitir ultrapassar as dificuldades e também porque o Fundo Monetário vai permitir que se abram outras portas que outrora tinham sido encerradas pela má governação anterior", acrescentou.
Já Faustino Mumbica apoias as negociações mas diz queé preciso acautelar alguns pressupostos entre as exigências do Fundo Monetário que podem ser mais nefastas.
"Não sou favorável por exemplo a uma das exigências do Fundo Monetário que é o despedimento de mais angolanos da função pública”, disse.
“O que o FMI deve fazer e aí estou de acordo é que o governo reduza ao máximo na despesa publica tendo em contafactores( como) os funcionários fantasmas, na falta de rigor nos critérios de atribuição de regalias aos servidores públicos, a sobrefaturação principalmente o peculato, estas medidas sao suficientes para Angola reduzir nas despesas publicas", acrescentou
A missão do FMI estará em Luandaaté ao dia 5 de Outubro