Em Angola, o ano 2015 foi marcado pela crise económica, influenciada pela baixa do preço do barril de petróleo no mercado internacional.
O povo tem a esperança de melhor cenário em 2016, mas economistas e políticos afirmam que será um ano de muitas incertezas em relação à estabilidade económica.
Na sequência da crise, empresas foram obrigadas a despedir trabalhadores. Algumas fecharam.
Por outro lado, no país reacendeu a propalada ideia da diversificação da economia, que na realidade ainda está em “banho-maria”, como afirmam empresários e economistas.
Mesmo assim, o economista Fernando Vunge elogia o esforço do governo na minimização dos efeitos da crise: “Acho que temos um líder (José Eduardo dos Santos) que tem sabido gerir as sucessivas crises que o país tem atravessado relativamente ao preço do petróleo.”
Vunge cita nisso medidas como a revisão do orçamento geral do estado, em Março.
O político Joaquim Nafoia tem uma opinião diferente sobre 2015. “Foi o ano mais negro a todos os níveis. Assistimos a afirmação e consolidação do totalitarismo em Angola,” diz.
E sublinha: “O regime perdeu a vergonha, perdeu o medo. Age como um governo repreensivo, que não respeita o erário público e formado por indivíduos incompetentes.”
Quanto ao novo ano, Vunge diz que antevê dificuldades, mas é importante ver “o que cada angolano pode fazer para minimizar os efeitos desta crise, que é decorrente do contexto macroeconómico internacional.”
Criticando a distribuição do orçamento do estado, que favorece a defesa em detrimento de sectores sociais, Nafoia diz que, para melhorar a situação económica do país, “o povo deve mudar de consciência.”
Acompanhe a entrevista com Fernando Vunge e Joaquim Nafoia: