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Legado artístico angolano está a ser esquecido, dizem destacados músicos


Alguns artistas angolanos dizem estar preocupados com a falta de divulgação do legado de muitos artistas falecidos das décadas de 60, 70 e 80 do século passado.

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É cada vez mais notório que as rádios têm outras preferências musicais em termos de géneros. Nota-se que os ritmos estrangeiros e o kuduro estão no top dos mais divulgados. O cantor Kassinga diz sentir-se que está esquecido mesmo estando vivo, "imaginem quem já é falecido. O cenário é bem pior", desabafa.

No passado 8 de Dezembro foi a enterrar no Cemitério do Alto das Cruzes em Luanda, o cantor Zé Abílio. O artista faleceu no dia 5 do mês passado vitima de doença. Durante o funeral foi levantada a questão do que será feito com o legado de músico. Zé Abílio deixou um disco no mercado, "Déstar" lançado em Outubro de 2015. Para este ano de 2017, Zé Abílio estava a preparar o segundo trabalhodiscográfico, com gravações em Lisboa, Rio de Janeiro e Angola.

Em representação da UNAC, Armando Rosa disse que a imagem e os feitos de Zé Abílio são indestrutíveis, transmitindo qualidade aos palcos da música angolana. Zé Abílio deixou uma marca na iniciação da carreira de muitas vozes do seu tempo e nos últimos anos emprestou a sua voz no último álbum dos Kiezos.

Os familiares do malogrado gostariam que um parente ou amigo interpretasse as canções de Zé Abílio para que houvesse uma continuidade das canções deixadas pelo artista para que esta e as futuras gerações aprendessem com as produções musicais feitas ao longo de mais trinta anos de carreira.

Para Matias Damásio, os cantores da velha escola tinham as suas letras focadas no momento que viviam, por isso, “temos que aprender e compreender as mensagens passadas pelos cotas e continuar a compor bons temas, no sentido da internacionalização contínua da música angolana”.

O mesmo considerou que os músicos angolanos têm a capacidade e qualidade suficiente para conquistar outros mercados, acreditando que nos próximos anos, com muito empenho e trabalho, os angolanos irão alcançar outros mercados.

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