O Ministério angolano do Interior (MININT) negou, na quarta-feira, 8, em Luanda, no final de uma reunião com os deputados da Segunda Comissão da Assembleia Nacional, que alguns dos seus efectivos estivessem envolvidos no tráfico de drogas.
O esclarecimento foi feito pelo director Nacional de Ordem Pública, comissário Orlando Bernardo, depois de a UNITA ter manifestado o desejo de ouvir , no Parlamento, o Procurador Geral da República (PGR) e o ministro do Interior, por causa de alegados escândalos de tráfico de drogas.
Aquele oficial comissário disse, aos jornalistas, não haver indícios de que as informações que circulam nas redes sociais e noutros canais sejam verdadeiras.
“Não há envolvimento de efectivos das estruturas do Ministério do Interior no tráfico de drogas”, assegurou Bernardo.
O deputado pela bancada da UNITA, Joaquim Nafoia considera, entretanto, que “não há fumo sem fogo”.
Em conversa com VOA, Nafoia defendeu que o Ministério do Interior deve fazer um esclarecimento “ detalhado” à opinião pública, igual ao que foi feito aos deputados à porta fechada, “para que cada um tire as suas conclusões”.
O comissário Orlando Bernardo precisou que, em 2022, houve um aumento exponencial no combate ao tráfico de drogas, facto que em sua opinião, terá “provavelmente, provocado alguns anti-corpos que se traduziram em denúncias falsas”.
O deputado Pedro Neto, do MPLA, foi citado como tendo dito que os membros da Comissão de Segurança, Defesa, Ordem Interna, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria tiverem a oportunidade de expor às preocupações vindas da sociedade e que mereceram as respostas adequadas da parte do Ministério do Interior.
O deputado disse ter chegado à conclusão de que “nem tudo aquilo que se diz nas redes sociais tem verdade suficiente ”.
Fórum