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Malanje: Reclusos pedem cumprimento do programa de liberdade condicional


Reclusos da cadeia da comarca de Malanje
Reclusos da cadeia da comarca de Malanje

Sub-Procurador Geral da República explica que a liberdade condicional é concedida aos bem comportados.

O programa de liberdade condicional após o cumprimento de metade da pena não é cumprido em Malanje.

A queixa foi feita pelos reclusos do estabelecimento prisional da Damba, em Caculama, município que fica a 60 quilómetros de Malanje, num encontro com o Sub-Procurador Geral da República, Carlos Manuel dos Santos.

Preos em Malanje discutem liberdade condicional - 2:18
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“Na prática, liberdade condicional pode ser vista como ficção, quando muitas vezes chega com dois ou mais anos de atraso,” disse um dos reclusos no encontro tido como invulgar.

Sub-procurador geral da republica em Malanje Carlos Manuel dos Santos
Sub-procurador geral da republica em Malanje Carlos Manuel dos Santos

Manuel dos Santos minimizou o problema afirmando que “a liberdade condicional não é dada assim de forma fortuita, requer condições e requisitos.”

“O bom comportamento do recluso,” é uma das condições, disse.

Os condenados disseram que a falta de celeridade no envio das remessas de certidões de sentenças, por parte dos diferentes tribunais às unidades prisionais, condiciona o cumprimento da norma.

Os presos queixaram-se do facto de os serviços prisionais não remunerarem as actividades produtivas dos encarcerados, o que contribuiria para a cobertura de emolumentos ou custas judiciárias.

Eles pediram também a redução do valor das cauções por crimes de furtos simples, danos materiais e ofensas corporais.

Até Abril último, a cadeia da Damba contava com 453 reclusos, dos quais 167 condenados. Trinta e sete estrangeiros estão encarcerados por estadia ilegal no território nacional.

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