Histórias da vida dos quotidianos dos bairros de Luanda, de figuras de mito no contexto pós independência de Angola até á actualidade são o tema central de “Luanda Fica Longe e Outras Estórias”, a última obra do escritor angolano José Luís Mendonça.
O livro reúne dezoito contos, seleccionados pelo autor, escritos desde 1983 até aos dias de hoje.
Quinze desses contos foram revistos e reelaborados pelo autor ao longo do tempo e os restantes três são inéditos (“A fonte de Inspiração”, “A Secretária Dengosa” e Seis Anos”).
Trata-se da terceira obra de prosa do autor, depois da publicação de “Os Vinte Dedos da Vida”, em 2003 e “O Reino das Casuarinas”, em 2014.
No estilo dominante a raiar a prosa poética, com recorrente afloramento irónico, o autor constrói um mosaico rico e diversificado, juntando histórias de vida, de quotidianos de bairros de Luanda (Chicala, Cazenga e Boavista), de figuras, de mitos e de sonhos, no contexto pós-independência do país, até à atualidade.
Em “Luanda Fica Longe” o autor aborda em cada conto a saudade de uma cidade que vai perdendo com o passar dos anos a sua identidade, os hábitos e costumes que marcavam as famílias luandenses, contrariando com os novos comportamentos das gerações de noventa e a posterior.
José Luís Mendonça nasceu em Angola, no dia 24 de Novembro de 1955, na Comuna da Mussuemba, Município do Golungo Alto.
Licenciado em Direito pela Universidade Católica de Angola, é jornalista e poeta de profissão, actualmente vinculado às Edições Novembro, E.P., onde exerce ao cargo de director e editor-chefe do Jornal CULTURA, quinzenário angolano de Artes & Letras.
Autor de vários livros de poesia, de um conto e de um romance, fez a sua aparição no mundo das Letras Angolanas com Chuva Novembrina, obra à qual foi atribuído em 1981 o Prémio Sagrada Esperança pela INALD – Instituto Nacional do Livro e do Disco.