Familiares do líder da seita A Luz do Mundo, José Julino Kalupeteka, disseram que estão a ser vítimas de mau-tratos por parte das autoridades prisionais.
Esas acusações ao mesmo tempo que persistem denúncias de que os seguidores de Kalupeteka continuam a ser vitimas de perseguições e maus-tratos.
José Julino Kalupeteka está a cumprir uma pena de 28 anos de prisão na sequência de confrontos no Monte Sumbe na província do Huambo, que causaram a morte de policias e civis.
Os familiares do líder da seita A Luz do Mundo dizem estar a sofrer restrições nas visitas e no acesso à alimentação, por supostas ordens da Direcção Nacional dos Serviços Penitenciários.
A VOA tentou contactar o director dos Serviços Penitenciários mas não obteve qualquer resposta.
Ana da Conceição, um dos familiares de Kalupeteca, denuncia as restrições que o líder da seita tem sofrido, principalmente no que toca às refeições que são providas pelas suas assistentes.
Conceição afirma que os visitantes são submetidos a tratamento desumano e apela à intervenção das autoridades centrais.
“Temos sido revistados e a guarda força-nos a tirar as saias”, disse.
Ângelo Kapwacha, activista residente na província do Huambo, afirma que continuam as denúncias de perseguições a fiéis de Kalupeteca por parte das autoridades angolanas.
“Já não têm feito cultos, mas mesmo assim continuam as prisões e torturas até mesmo”, denunciou.
Em Abril de 2015, confrontos entre seguidores de Kalupeteca e a polícia resultaram na morte de 9 polícias e 13 civis, segundo as autoridades.
A UNITA, a CASA-CE e activistas falaram, no entanto, em centenas de mortos.