Analistas em Luanda abordam o adiamento do julgamento dos generais Dino e Kopelipa em vésperas de férias judiciais. Para falar sobre o assunto, ouvimos a A juíza Anabela Valente, o jurista Manuel Cangundo e Serra Bango, Presidente da Associação, justiça, paz e democracia.
O adiamento do julgamento dos generais Leopoldino Fragoso do Nascimento "Dino" e Helder Vieira Dias "Kopelipa", dois homens fortes do regime do falecido Presidente, José Eduardo dos Santos, ficou de acordo com as expectativas dos advogados de defesa.
Inicialmente previsto para o dia 10 de Dezembro, o tribunal supremo decidiu transferir para o próximo mês de Março. A defesa dos acusados, liderada pelo jurista, Benja Satula, afirma que esta posição já era esperada, e deste modo permite tempo para conhecer as provas e garantir um julgamento "mais justo".
Neste processo, segundo o tribunal supremo, estão arrolados mais de 30 declarantes, entre os quais se destacam figuras políticas e do aparelho governamental.
Os arguidos são acusados dos crimes de tráfico de influências e branqueamento de capitais, entre outros, no âmbito de um processo que envolve também a filial angolana da China International Fund.
O advogado de defesa disse, igualmente, que tribunal fez aquilo que lhe competia, na verdade, (…) a conselheira relatora do processo entendeu que tinha sido cometido um erro, tinha sido preterida uma formalidade importante e então não abriu a audiência”, tendo feito a convocatória do julgamento para 10 de Março de 2025.
A juíza Anabela Valente disse que se trata de um processo complexo, com mais de 2.000 folhas e 24 volumes e que são recebidos diariamente seis a sete documentos e requerimentos a que é dificil responder atempadamente.
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