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Meios de informação violam lei eleitoral e do jornalismo - sindicato


Nem com óculos dá para vêr a verdade.
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Sindicato dos jornalistas diz que MPLA é o grande beneficiado porque muitos dos jornais privados pertencem a sectores ligados ao poder

O sindicato nacional dos jornalistas angolanos disse que os órgãos de informação públicos e privados “violam de forma grosseira e intolerante as leis que regulam o exercicio do jornalismo em geral e em tempo de eleições”.

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A acusação está contida num relatório sobre os media angolanos em tempo de eleições e em que se mostra que a esmagadora maioria dos jornais beneficia o partido no poder, o MPLA.

O estudo divulgado pelo sindicato indica que todos os jornais, com excepção do Agora, deram maior cobertura a eventos ligados ao MPLA do que a outros partidos durante o período em analise desde a ultima semana de Julho a 1 de Agosto.

O sindicato dos jornalistas angolanos diz que irá analisar em próximos relatórios “a razão que está por detrás desta cobertura” mas acrescenta haver um factor que “vale reter”.

“Muitos dos jornais privados pertencem aparentemente a sectores ligados ao poder dominante o que configuraria um quadro de oligopólio ou monopólios proibidos por lei,” diz o relatório.

O sindicato alerta contudo que no caso do Folha 8 embora seja o MPLA com maior numero de noticias “ no plano qualitativo o concorrente que está a merecer tratamento privilegiado á coligação CASA-CE”.

Nesse jornal “a posição surpreendente em que o MPLA está decorre de uma enorme quantidade de factos negativos a si imputados e às figuras do partido”.

Segundo o estudo o pior partidarismo vem, talvez como seria de esperar, do jornal de Angola que no período em análise publicou 26 notícias referentes ao MPLA. A UNITA foi o segundo partido a ter referências no jornal com dez notícias. Em termos de imagem o MPLA foi o o único a beneficiar daquilo que o relatório chama de fotografia “em grande estilo”.

O relatório faz notar que no Jornal de Angola só o MPLA teve direito a destaques principais em várias ocasiões.
“O resto quando merece destaque de capa é secundário ou pela negativa,” acrescenta o documento que diz que “ de um modo geral ( o público) não tem a oportunidade de observar debates entre os concorrentes e só lhes é dado a conhecer um programa de governação e um manifesto eleitoral, o do partido que terminou o mandato”.

O sindicato recomenda entre outros pontos que o governo assegure o igual acesso de todos os partidos políticos aos meios de comunicação públicos para além do tempo de antena específico e que efectue “a despartidarização efectiva dos órgãos de comunicação social”.

O sindicato pede também á União Africana e à Comundiade de Desenvolvimento da Afica Austral, SADC, para que “aconselhem para que se observem as normas e princípios de cobertura de eleições estabelecidos pela legislação nacional em conformidade com os padrões da União Africana e da região”.
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