Os jornalistas angolanos vão manifestar-se no próximo sábado, 17, para repudiarem os ataques à imprensa nos últimos dias. Em menos de 15 dias a sede do Sindicato dos Jornalistas Angolanos foi saqueada por duas vezes. Outros profissionais têm sido vítimas de ataques e ameaças por pessoas ainda não identificadas.
Os jornalistas angolanos saem às ruas no próximo dia 17, em repúdio aos constantes ataques à classe, como disse Teixeira Cândido, Secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos.
“Não queremos nos antecipar ao serviço de investigação criminal com quem temos estado a interagir, esta manhã o serviço de investigação criminal esteve na sede do sindicato, mas a direcção do sindicato entendeu que vai no próximo sábado, 17 fazer uma marcha de repúdio, para protestar contra quem quer que seja” disse.
Em Março, João Armando do Jornal do Jornal e Raquel Rio, Delegada da Lusa em Angola, viram as suas residências assaltadas de onde os assaltantes só levaram os computadores.
Da mesma forma a sede do SJA, que em menos de 15 dias foi assaltada por duas vezes, apenas foi levado o computador.
Teixeira Cândido afirma que não há dúvida, que pelo “modus operandis”, se trate de ataques à liberdade de imprensa.
“Um acto que traduz numa prática que não pode ser crime de oportunidade, porque o objecto é apenas o computador e só a casa do jornalista é que tem sido assaltada” notou.
Reginaldo Silva, membro fundador do Sindicato dos jornalistas angolanos e da Entidade Reguladora da Comunicação Social de Angola, diz já ter denunciado junto daquele órgão os ataques à imprensa mas não teve resposta desejada.
“Lamentavelmente, não obtivemos na sessão plenária da ERCA nenhuma outra resposta senão tomarem nota” disse.
O Sindicato dos Jornalistas deu conferência de imprensa esta segunda-feira, 5, em Luanda
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