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Angola: Jacarés matam na Huíla


O serviço de protecção civil e bombeiros reconhece que são assustadores e cada vez mais frequente o número de ataques de jacarés na região.

Sucedem-se os ataques de jacarés em rios da província da Huíla.

Desde o início do presente ano, três pessoas morreram de ataques em três rios diferentes da província, mas se recuarmos a 2023 contam-se neste período nove óbitos.

Jacarés matam na Huíla – 3:05
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Os rios Cuvango e Koloui no município do Cuvango, Cunene e Bamba na Matala, Calunga em Quilengues, Cuvunge em Chicomba e Kwenje no Chipindo são os locais onde têm ocorrido os ataques.

A mais recente vítima de ataque foi um homem de 36 anos de idade no Cuvango, situação testemunhada pelo próprio tio Fernando Gabriel que disse o seu sobrinho banhava-se no rio quando foi atacado como se por uma “sombra”.

"Como uma sombra" pronta a atacar
"Como uma sombra" pronta a atacar

“ Ele me disse que vamos ao rio para banhar eu recuei um pouco fiquei fora da água e só vi que se criou uma sombra, depois de um despejo de água ouvi gritos e começaram a arrasta-lo até dentro do rio”, disse

O serviço de protecção civil e bombeiros reconhece que são assustadores e cada vez mais frequente o número de ataques de jacarés na região.

Crocodilo com membro de uma vitima. Foto de arquivo
Crocodilo com membro de uma vitima. Foto de arquivo

Para prevenir e mitigar a situação, a porta-voz dos serviços, Teresa Abel, disse que a corporação tem-se desdobrado na sensibilização junto das comunidades rurais.

“ Várias atividades entre palestras em escolas e igrejas, sensibilização porta a porta aos moradores com objetivo de levar conselhos úteis concernente às medidas preventivas a ter no meio aquático sobretudo nas zonas ribeirinhas, zonas estas com frequentes relatos de ataques de jacarés”, disse

O ambientalista Evanilton Pires, alerta que é preciso encontrar-se um equilíbrio para se diminuir ao máximo possível o conflito entre homens e animais lembrando que os rios são o habitat natural dos crocodilos.

“ As pessoas que têm que fazer é adaptar-se face a esses conflitos ou arriscarem-se como estão a fazer”, disse Pires para quem é preciso “tentar criar um mecanismo de alerta de perceber como é que nós poderíamos ver os jacarés de antemão e poder reagir antes de haver problemas”.

Muitas destas comunidades debatem-se com dificuldades de acesso aos serviços sociais básicos como água, o que leva muitas delas a terem contacto direto com os rios.

“ Quando se vai a um ponto de água só uma, duas, três, quatro torneiras para 50, 100, 200 pessoas então há necessidade de fazer filas isso por si só já gera conflito pois o rio não tem este problema”, disse.

“Outra questão eu num ponto de água não consigo tomar banho mas quando vou ao rio não há impedimento não problema”, disse.

Os ataques por jacarés que terminam geralmente em morte são relatados quase todos meses na província da Huíla.

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