Cabo Verde continua a ser o país lusófono melhor colocado no Índice Ibrahim de Governação Africana 2024 (IIGA), enquanto a Guiné-Bissau, ao ficar no 44º. lugar, em 54 países, recebe a pior pontuação.
O relatório divulgado nesta quarta-feira, 23, indica que Angola, que ocupa a 36ª. posição, é o lusófono que mais cresceu nos últimos 10 ano e apenas entre 2023 e 2024 aumentou 5,8 pontos.
Moçambique ocupa o lugar 28 e foi o único lusófono que desceu em relação ao ano passado, menos 0,6, enquanto São Tomé e Príncipe é o 12º. classificado no índice.
O relatório considera que "o progresso da governação em África foi interrompido com a deterioração da segurança e dos direitos políticos em muitos países" e aponta uma crise de segurança cada vez mais profunda e uma diminuição no ambiente participativo".
Angola, no entanto, está no grupo dos países que mais cresceram nos últimos 10 anos, juntamente com Seicheles, Gâmbia, Somália, Serra Leoa, Marrocos e Costa do Marfim.
Na análise ao país, o relatório dá uma pontuação de mais 6,6 pontos no respeito à lei, enquanto no capítulo de segurança a análise é negativa, menos 2,9 pontos.
Quanto a oportunidades de negócios, o aumento em relação a 2023 ascende a oito pontos, no desenvolvimento humano o crescimento foi de três por cento e na saúde, de 2,3 pontos.
As notas negativas vão, entretanto, para o capítulo de participação, direitos e inclusão.
Angola registou uma quebra de 25 pontos no direito à liberdade de associação, menos 4,4 pontos no pluralismo político e idêntico valor no espaço reservado à sociedade civil.
Em relação à imprensa, o relatório da Mo Ibrahim aponta um aumento de 1,5 ponto, enquanto a liberdade no ambiente digital caiu 15,5 pontos e na percepção pública da liberdade de expressão o tombo foi de 32,7 por cento.
Moçambique retrocede
Moçambique, que ocupa o lugar 28 em 54 países, conseguiu 40 pontos, menos da metade, mas desceu 0,6 ponto percentual em relação ao ano passado.
O relatório diz que o país caiu 4,4 pontos no respeito à lei e 6,5 pontos no que toca à segurança, enquanto no capítulo da participação, direitos e inclusão, a queda foi de 3,4 pontos e de 10, 4 pontos em participação.
Quanto às liberdades pessoais, houve um retrocesso de 8,8 pontos, menos 19, 4 na crença na liberdade de expressão e menos 1,5 ponto na liberdade de imprensa, enquanto no ambiente digital a redução doi de 13,6 pontos.
Entretanto, no capítulo do desenvolvimento humano, houve um aumento de 4.6 pontos em comparação a 2023 e 8,6 na saúde.
Moçambique, no entanto, também registou pequenas melhorias nas oportunidades de negócios, um ponto.
Guiné-Bissau, o pior colocado
O lusófono pior colocado é a Guiné-Bissau, com um ponto acima do ano anterior mas sendo o décimo pior do continente.
No respeito à lei, houve um aumento de 1,5 por cento, mas a segurança caiu 4,4 por cento, bem como a liberdade de associação, menos 12,5 por cento, liberdade de imprensa, menos 5,1 por cento, e nas oportunidades de negócios, menos 2,1 pontos.
Os três primeiros do IIGA são Seicheles, Maurcias e Cabo Verde, na cauda estão Eritreia, Somália e Sudão.
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