Um mês depois da greve geral da Administração Pública de três dias, as três centrais sindicais angolanas confirmaram já a segunda fase da paralisação, de 22 a 30 de Abril, por falta de acordo com o Governo.
Executivo e sindicatos reuniram-se sete vezes, mas as posições continuam distantes muito distantes.
Teixeira Cândido, porta-voz das centrais sindicais, Força Sindical, a União Nacional dos Trabalhadores de Angola-Confederação Sindical (UNTA-CS) e a Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), reiterou que os trabalhadores mantêm-se firmes nos seus objetivos.
"Estamos a falar do salário mínimo de 100 mil kwanzas, o equivalente a 105, 108 dólares, estamos a falar da atualização dos salários da Administração pública, estamos a falar da redução da carga fiscal, em concreto o imposto do rendimento do trabalho, que incide sobre os nossos salários, estamos a falar da representação dos trabalhadores na gestão do Instituto da Previdência Social, principamente", lembra aquele porta-voz, que diz ver "alguma indiferença da parte do Governo".
A greve seguirá o modelo da primeira fase em que as centrais sindicais pediram aos trabalhadores para ficarem em casa.
A paralisação de março durou três dias, com uma adesão superior a 95 por cento, segundos os sindicatos, enquanto a próxima terá uma duração de oito dias.
As centrais sindicais têm prevista uma terceira fase em julho, caso não houver acordo com o Governo.
A Voz da América contactou o Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social para uma reação, mas sem sucesso.
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