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Angola: Frente Patriótica Unida rejeita acusações de que é ilegal


Cartaz da Frente Patriótica Unida num autocarro em Luanda, durante manifestação dos partidos da oposição.
Cartaz da Frente Patriótica Unida num autocarro em Luanda, durante manifestação dos partidos da oposição.

As organizações que formam a Frente Patriótica Unida de Angola (FPU) rejeitaram categoricamente acusações de um dirigente do Tribunal Constitucional (TC) de que está a actuar ilegalmente por não estar legalizada como partido político.

Frente Patriótica rejeita declaração de que é ilegal – 1:38
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A declaração foi feita na segunda-feira, 23, pelo director do Gabinete dos Partidos Politicos do tribunal, Mauro Alexandre, à margem de um seminário em Luanda.

Segundo Alexandre, a FPU não deve protagonizar actos politicos públicos sob pena de incorrer em crime.

Em resposta, as forças que integram a FPU, UNITA, Bloco Democrático (BD) e o projecto Pra-Já - Servir Angola, dizem que o TC está equivocado.

A UNITA, cujo presidente coordena a Frente, considera que o tribunal se está a intrometer-se em questões políticas e “a pôr a foice em ceara alheia”.

A deputada Wihaela Webba diz que a FPU não está a ser alvo de alguma acção judicial no TC “logo o tribunal deve deixar de fazer politica"

Muata Sebastião, secretario nacional do BD, garante que a FPU vai continuar a fazer o que tem feito já que tem toda legitimidade.

"Nós, a FPU não fomos ao TC pedir para ser coligação ou partido político", lembra, reiterando que "nós temos a legitimidade de agirmos como quisermos, desde que não atropelemos a lei, não há aqui confusão nenhuma".

O jurista e deputado sem vínculo partidário e próximo ao Pra-Já - Servir Angola de Abel Chivukuvuku, Leonel Gomes, considera vergonhoso o papel que o responsável do TC fez.

"A FPU não foi ao TC pedir nada, como é que o Tribunal vai se pronunciar sobre algo que não está sob a sua alçada?”, interroga-se.

“ Este pronunciamento do TC é uma vergonha, a FPU é um ente de facto e ad hoc que representa milhões de angolanos para apoiar a UNITA, por isto o regime está aflito, está atrapalhado", acrescenta.

As declarações de Mauro Alexandre fazem eco de uma afirmação feita em Abril pelo Presidente da República João Lourenço que, sem mencionar nomes, acusou a oposiçao de agir em desrespeito da lei ao fazer campanha como FPU.

A Frente não indicou até agora querer concorrer às eleições como entidade partidária, presumindo-se que todos candidatos das organizações que fazem parte da frente irão concorrer pelas listas da UNITA.

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