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Angola Fala Só - Zola Ferreira Bambi: "Neste momento as promessas começam a patinar"


Zola Ferreira Bambi
Zola Ferreira Bambi

Luanda autorizou marcha contra a violência

15 Jun 2018 AFS Zola Bambi: "Neste momento as promessas começam a patinar"
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As autoridades de Luanda declararam o seu apoio à marcha contra a violência a realizar no sábado, 16, na capital angolana, disse o advogado Zola Ferreira Bambi no programa Angola Fala Só.

A marcha foi organizada pelo Observatório de Coesão Social e Justiça presidida por Bambi que visa protestar contra a “banalização da violência” em Angola.

“O gabinete do governador informou-nos não haver qualquer inconveniência à realização da marcha”, reiterou o advogado.

“A autoridade de Luanda não só deu a sua anuência à marcha como também providenciou o que fosse necessário para a realização desta marcha”, acrescentou.

A marcha vai contar “com a presença de autoridades civis e militares para garantir o bom exercício desse direito”.

Na conversa, Zola Ferreira Bambi disse que se assiste a uma “banalização” da violência porque os angolanos já não conseguem entender “o que a lei pune ou não”.

“Certas pessoas gozam de imunidade e facilidades para fazer e desfazer, enquanto outros praticamente sofrem para que o exercicio dos seus direitos seja respeitado”, afirmou, lamentando que "a lei é só aplicada aos mais fracos".

Zola Ferreira Bambi afirmou que todos os angolanos deram o seu apoio às iniciativas do Governo de João Lourenço, "mas neste momento todas as promessas começam a patinar".

Para Ferreira Bambi, o efeito das mudanças nos membros do Governo “não se faze sentir” e "politicamente as coisas não mudaram".

Essa falta de mudança nota-se particularmente no sistema judicial “em que a sua independência não se faz sentir”.

Na conversa com os ouvintes e internaturas, aquele activista destacou que o Governo “não criou condições para o combate à corrupção” e acrescentou ser necessário que a sociedade angolana se mobilize para pressionar o Executivo a seguir em frente com reformas.

“Não há mudanças se o Governo central não sentir que há uma consciência de que todos querem o Estado de Direito”, concluiu o presidente do Observatório de Coesão Social e Justiça.

Segunda Parte

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