Mais empregos e melhorias nos sistemas de educação e saúde são as prioridades dos angolanos para 2018.
Estes três assuntos foram as questões que tiveram unanimidade dos ouvintes da Voz da América quando interrogados sobre as suas expectativas para o próximo ano.
Os ouvintes falavam no programa “Angola Fala Só” em que também manifestaram apoio ao Presidente João Lourenço e às mudanças por ele iniciadas.
O ouvinte Abel Calitangui fez notar que para a juventude angolana está é a primeira vez que vêm a mudança na chefia do poder.
“Acredito que Angola tem agora pernas para andar porque o entrave foi o governo de José Eduardo dos Santos”, disse o ouvinte Celestino Mayamba.
“Angola vive um momento de entusiamo não visto há muitos anos”, disse o ouvinte Olímpio Sequeira quando comentava a mudança de governo em Angola.
Para este ouvinte, embora João Lourenço esteja no poder há pouco tempo, já houve avanços “significativos”.
Opinião semelhante foi manifestada por Abel Calitangui para quem a presidência de João Lourenço é razão para os angolanos terem “boas expectativas”.
Um outro ouvinte manifestou no entanto a opinião que o presidente deveria alargar o seu governo a quadros qualificados de outros partidos, enquanto o ouvinte Jó Massa Massa disse que o presidente deveria descentralizar o poder.
Mas as questões unânimes dos ouvintes foram a situação do desemprego, principalmente entre a juventude, a falta de qualidade dos serviços de saúde e educação.
Os hospitais, disse um ouvinte, não passam de “passadores de receitas” por falta de meios para tratarem os doentes.
Outro disse que o governo deveria investigar para onde foi o dinheiro dirigido à saúde.
O ouvinte António Pedro disse que para a criação de emprego o governo deveria garantir a estabilidade do sector privado e também fazer aplicar as leis de trabalho junto desse sector.
Outras questões preocupantes abordadas pelos os ouvintes foram o crime nas cidades e ainda a necessidade do governo escolher uma via de “mais abertura”.
Celestino Mayamba disse, por exemplo, que o governo deveria permitir manifestações sem medo, ouvir vozes dissonantes.
“Não precisamos de aparato policial” para lidar com manifestações, disse.