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Angola Fala Só: Bilhete de Identidade Domingos da Cruz (Julho 2016)


Angola - Jornalista e escritor Domingos da Cruz
Angola - Jornalista e escritor Domingos da Cruz

As palavras de Domingos da Cruz para o Bilhete de Identidade do Angola Fala Só da Voz da América, são duras e não pretendem agradar ninguém. São palavras registadas em Julho de 2014, quando Domingos ou quaisquer dos outros activistas não imaginavam ser os "revús presos", agora em liberdade sob termo de identidade e residência.

Nome: Domingos João José da Cruz

Profissão: Jornalista, professor e escritor

Data de Nascimento: 28 Julho 1984

Local de Nascimento: Malanje

Estado civil: Casado

Filhos: 2

Destino em Angola: Namibe - pela tranquilidade, paisagem extraordinária e ter também mar. É um lugar que proporciona paz de espírito que permite às pessoas encontrarem-se a si próprias.

Lema de vida: Não fazer nada que não beneficie o outro, a si ou ao mundo.

Curiosidades: Não é capaz de ingerir coisas não saudáveis como molhos ketchup ou maionese e evita refrigerantes.

Detenções: Aos 14 anos, quando saía da escola, foi apanhado numa rusga para ser levado para a guerra [na altura a polícia militar recrutava indiscriminadamente jovens que encontrasse na rua para irem para a guerra sem qualquer tipo de preparação]. Já estava dentro do avião da Força Aérea - ILL -, quando a família chegou e conseguiu evitar que fosse de Malanje para o Moxico.
Em 2015 voltou a ser detido sob acusação de ter cometido actos preparatórios para o cometimento de crime de rebelião. Foi solto juntamente com outros activistas a 29 de Junho de 2016, sob termo de identidade e residência, após concessão de habeas corpus, pelo Tribunal Supremo.

Prémios/ Distinções:

Em 2009 foi galardoado com o Prémio Nacional dos Direitos Humanos, atribuído pela Open Society na categoria Ricardo de Melo, que distingue os jornalistas.

Domingos da Cruz defendeu a sua tese de Mestrado em 2011, no Brasil, em Ciências Jurídicas na especialidade Direitos Humanos e destaca a distinção com honra, da sua defesa, por se tratar de uma grande conquista num país "extremamente racista", justifica.

Em 2006 foi distinguido professor do ano do Colégio Santa Catarina.

Onde estava [onde gostaria de ter estado] no 11 de Novembro de 1975?

Acho que não gostaria de estar em Angola, porque não é um espaço ideal para o exercício da liberdade, da valorização e respeito pela dignidade da pessoa humana.

Facebook: Domingos da Cruz Maninho

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