Carlito Roberto, filho de Holden Roberto, é o convidado desta Sexta-feira, 20 de Fevereiro, no Angola Fala Só. Para o filho do fundador da FNLA, este partido foi quem mais contribuiu para a independência de Angola e que se deteriorou devido a manipulações. Carlito conta também que os angolanos que tinham fugido para a República Democrática do Congo perderam duas vezes na altura da independência.
Nome: Diasswa Carlito Roberto
Data de Nascimento: 10 de Julho 1962
Local de Nascimento: República Democrática do Congo
Estado civil: Casado
Filhos: 5
Profissão: Jurista
Formação: Direito Comercial e Penal na Universidade de Sorbonne em Paris
Destino em Angola: Huambo - admira a forma como a cidade tem sido administrada
Lema de vida: Determinação
Curiosidades: Pode comer funge e feijão todos os dias
Hobbies: Desporto e Leitura
A ler: Três livros em simultâneo - Sociologia Política; Introdução ao Direito das Obrigações e História da Cidade Romana
Música: Não é pessoa de ouvir música, consegue ficar um mês sem ouvir música - aprecia o silência
A FNLA... é um dos partidos que lutou pela independência e foi o partido que deu o maior contributo para esse fim. Mas é também um partido que tinha um programa para o bem-estar do povo angolano e que faria melhor do que o Governo actual, mas infelizmente o facto de não ter participado na guerra civil fragilizou o partido, bem como as manipulações de que os seus membros foram alvos.
Onde estava 11 de Novembro de 1975?
Estava no Congo Democrático. Apesar de ser muito jovem e não conseguir analisar bem o que se passava mas tudo indicava que a liberdade tinha sido conquistada, nós não estávamos na nossa terra. Mas quando vimos que o partido tinha recuado para o Congo percebemos que o nosso pai tinha perdido.
Nessa altura muitos angolanos voltaram para Angola. Venderam tudo o que tinham no Congo para poderem voltar para o país, mas pouco tempo depois a guerra ressurgiu e esses angolanos tiveram que abandonar tudo, sem sequer poder vender, fugiram sem nada para o Congo, onde também ja não tinham nada. Muitos angolanos perderam tudo.