“Quero estar optimista numa Angola melhor”, disse a jornalista Zenilda Volola no programa Angola Fala Só, no qual defendeu a necessidade de uma maior valorização das mulheres nas redacções, nomeadamente a nível dos cargos de chefia.
Na conversa com ouvintes e internautas, a jornalista abordou a presença das mulheres no jornalismo que, segundo ela, devem olhar para os temas que afectam a mulher.
“Há necessidade de uma maior integração nas redacções, onde ainda existe alguma timidez em apostar nas mulheres, e certas discrepâncias nos cargos de chefia”, sublinhou Volola, que, no entanto, reconheceu haver uma maior abertura dos órgãos públicos.
Para a jornalista, um sinal é a “maior distribuição de temas” com mais espaço para temas sociais, “ao contrário do que acontecia anteriormente quando assuntos políticos dominavam a agenda”.
Outras questões colocadas pelos participantes prenderam-se com o combate à corrupção e as promessas de João Lourenço, em particular quanto à criação de 500 mil empregos.
Zenilda Volola lembrou que o Presidente encontrou uma casa “desarrumada” durante anos e que há que dar algum tempo para se verem os resultados.
“Eu cresci ouvindo os mais velhos dizer que não havia esperança e agora quer estar optimista numa Angola melhor”, disse ante à pergunta de um ouvinte, reiterando ser necessário “dar uma oportunidade ao Presidente que, em pouco mais de ano e meio, deu sinais de querer fazer mudanças.
“Continuo a acreditar numa Angola melhor, os mais velhos não tiveram esta esperança”, sublinhou a antiga jornalista da Rádio Ecclesia, “onde cresci muito devido à liberdade de que dispunha”, que agora diz estar “numa nova fase” na TPA.
Na conversa, Volola abordou a violência contra as mulheres, que, para ela, deve merecer um combate de todos e disse que o país "vive uma era de esperança".
