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Angola Fala Só - Ermelinda Freitas: "Os partidos da oposição só dizem amén"


Ermelinda Freitas
Ermelinda Freitas

Movimento de Unidade Nacional defende o federalismo em Angola e não participará nas eleições autárquicas

13 Jul 2018 AFS - Ermelinda Freitas: "Os partidos de oposição só dizem Amém"
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Os partidos angolanos da oposição não têm cumprido o seu papel e daí a necessidade de uma nova organização que leve a verdadeiras mudanças no país, defendeu Ermelinda Freitas do recém-fundado Movimento de Unidade Nacional (MUN).

Ao participar no programa “Angola Fala Só, a líder da organização das mulheres do MUN disse que os angolanos “estão cansados das mentiras”.

Freitas afirmou que a UNITA disse ter ganho as eleições e depois afirmado que nada podia fazer porque não queria a morte de ninguém.

“Uns roubam e outros aplaudem”, afirmou a dirigente do MUN, acrescentando que "continuamos a morrer nos hospitais e a oposição já devia ter feito mais”.

“A oposição continua a dizer amén”, sublinhou Freitas para quem Angola é como “um copo de cristal quando se parte”.

“Fica tudo aos bocadinhos”, sublinhou.

Freitas foi militante da UNITA e disse que uma das razões que a levou a abandonar o partido foi a de que sentiu “usada”.

Ao longo do programa, Freitas deu alguns detalhes do programa político da organização e defendeu que qualquer companhia estrangeira que faça obras em Angola deve ter angolanos como 90% dos seus trabalhadores, defendendo ainda a inclusão de jovens como candidatos à Assembleia Nacional.

Ao se referir ao fim do colonialismo português como “a dita independência”, Ermelinda Freitas afirmou ainda não acreditar que haja mudanças verdadeiras com a governação do Presidente João Lourenço.

“João Lourenço está apenas a mudar de fato”, acusou.

Freitas disse que o MUN defende um sistema federal para Angola e como tal não participará em eleições autárquicas que ela disse não serão justas.

“O MPLA está a preparar o tacho à maneira dele”, disse em referência à proposta de gradualismo geográfico para essas eleições.

O federalismo proposto pelo MUN, acrescentou, resolverá problemas como a questão de Cabinda e das Lundas.

Contudo sublinhou que na sua opinião “Cabinda não faz parte de Angola” e concluiu que "já chega de mentiras”.

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