O Angola Fala Só desta semana tem como convidado Vladmir Santos para falar sobre o tema: "Empreendedorismo em Angola - Recurso a financiamento ou a crédito bancário".
Num debate sobre o acesso ao crédito e outros tipos de financiamento, Vladmir Santos partilhou a sua experiência e defendeu que quando se tem experiências negativas é difícil confiar nas instituições governamentais, respondendo assim às críticas de internautas "às promessas" de financiamento do governo.
O empreendedor que tem como objetivo "transformar Angola num bom lugar para viver", por isso envolveu-se num projeto de aquaponia (cultura de peixe, camarão e hortaliça em viveiro) que defende ser fonte de produção de qualidade, acessível e que soluciona uma série de problemas em Angola relacionados com a escassez desses produtos no país.
Agora, ele quer que esse projeto tenha escala comercial e explica que o processo de financiamento ainda está em andamento e não podendo garantir que conseguirá, reafirma, no entanto, que cabe aos empreendedores procurar, correr atrás, porque os programas de financiamento existem.
Quando questionado sobre a seriedade desses programas, Vladmir Santos diz que "as nossas instituições em Angola têm um histórico e com base nesse histórico é de certo modo natural que haja cepticismo no que se refere a qualquer iniciativa que o governo venha apresentar".
Na conversa, o criador da "The Life Ingredients", que participou também na iniciativa Quem Quer Ser Empreendedor, abordou a vantagem de se tirar proveito do programa PODESI - Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações - e fazendo alusão à criação de leis de acesso ao crédito, lembrou que não basta criar leis nem programas, "é preciso pô-los em prática" e apelou que o governo invista, coloque de fato dinheiro para que a mensagem de diversificação da economia saia do discurso do político.
Aos empreendedores ou futuros empresários, Vladmir Santos deixa também alguns apelos: que sejam criativos e se adaptem ao mercado e que cobrem a responsabilidade às entidades governamentais, sempre que estas não cumprirem com as missões a que se propuseram.