O Relator Especial das Nações Unidas sobre Direitos Humanos dos Migrantes apelou o Governo angolano a desenvolver uma estratégia nacional para proteger e promover os direitos humanos de todos os migrantes no país.
Em conferência de imprensa nesta terça-feira, 10, François Crépeau disse que a integração progressiva dos migrantes do sector informal para formal do mercado angolano é um dos desafios que deixa como recomendação ao Governo angolano.
A maior preocupação do relator especial é com os migrantes em situação irregular, os requerentes de asilo e os refugiados que são presos e detidos por serem considerados ilegais.
“Angola acolhe muitos migrantes que trabalham nas indústrias, mas no sector informal a vida é mais dificultada e o maior desafio será o de enquadrar essas pessoas para que possam contribuir para o desenvolvimento do país”, disse Crépeau.
Aquele responsável da ONU, que visitou várias cadeias que acolhem migrantes, afirmou que Angola tem excesso de migração, mas ainda assim encontrou apenas cinco detidos na Prisão do quilómetro 30 em Luanda, enquanto as cadeias de Cabinda e da Lunda Norte estão completamente vazias.
“Não consigo dizer como os presos são tratados porque em Cabinda não encontramos nenhum preso, apenas vi a porta e a cafeteria, disseram que todos os presos detidos antes da nossa visita já tinham sido repatriados”, explicou o Relator Especial das Nações Unidas para Direitos Humanos dos Migrantes, ao fazer o balanço da sua visita de uma semana a Angola, que termina hoje (10 de Maio).