O Governo anunciou o envio de tropas para integrar a missão das Nações Unidas na República Centro Africana (RCA), mas oposição exige que o Parlamento seja informado sobre o assunto.
O anúncio do envio de cerca de dois mil homens à RCA foi feito pelo ministro das Relações Exteriores Georges Chikoty em Nova Iorque quando fazia o balanço da participação do país na 69 ª sessão de debates da Assembleia-Geral das Nações Unidas.
O líder do PRS Eduardo Kuangana disse que o Presidente da República tem a obrigação de notificar o parlamento como estipula a Constituição do país.
Por sua vez, o porta-voz da Casa-CE Lindo Bernardo defendeu que a Assembleia Nacional tem o direito de ser informada sobre os custos, o tipo de missão e em que condições os militares se deslocam para fora das fronteiras nacionais .
O ministro Chicoty revelou que Angola deverá participar na missão da ONU com uma unidade médica, uma unidade motorizada, uma unidade mecanizada e dois batalhões, perfazendo cerca de mil e 800 efectivos.
Recorde-se que, em pronunciamentos anteriores, o presidente José Eduardo dos Santos tinha afastado novas intervenções militares de tropas angolans fora das fronteiras nacionais e manifestado a opção pelo diálogo como forma de resolver os conflitos internos que ocorrem em alguns países do continente.