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Angola: Empresas não pagam fundos obtidos do Projecto de Apoio ao Crédito


Kwanzas angolanos
Kwanzas angolanos

Dezenas de empresas estão em incumprimento de reembolsos de fundos adquiridos através do Projecto de Apoio ao Crédito com casos passíveis de responsabilização criminal, e a consequente falta de recursos para novos empréstimos, soube a Voz da América.

Empresas angolanas não pagam dívidas a programa de crédito - 3:25
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O Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), uma peça-chave no Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), perdeu o rasto de micro, pequenas e médias empresas com fundos públicos para a actividade produtiva, principalmente em Luanda e segundo o Instituto Nacional de Apoio a Médias e Pequenas Empresas, o levantamento de todos os casos de incumprimentos passa também por Benguela, província que recebeu 200 mil milhões de Kwanzas, cerca de 220 milhões de dólares, do PAC.

Em Benguela, segundo o INAPEM, há mesmo operadores sem um único reembolso, os chamados incumpridores totais, que podem ser responsabilizados criminalmemte.

Abordado pela VOA, o director provincial do Gabinete de Desenvolvimento Económico e Social, Samuel Malezi, confirmou que muitas empresas, com créditos até 41 milhões de Kwanzas cada, desrespeitam os contratos.

“Há sim aqueles que ainda não começaram com o reembolso, … (o que) vai impedir que os demais beneficiem de financiamento” disse afirmando que a situação “também provoca embaraços”

Aquele responsável culpou a situação em ‘caloteiros´acrescentando que é preocupante a situação em Benguela, também em relação aos beneficiários da banca comercial”.

A VOA tentou, sem sucesso, ouvir o BDA, que financiou na província de Benguela, segundo dados oficiais, 149 dos 194 projectos inscritos no PRODESI, nas áreas da agricultura, pecuária, pescas e comércio.

Também não foi possível obter explicações do banco central sobre o malparado no âmbito do apoio à produção nacional.

Certo, segundo o economista Alfredo Sapi, é que o Estado deve reforçar a fiscalização com a figura do auditor externo .

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