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Angola em 2024: Promessas de uma vida melhor devem ser acompanhadas de ações pragmáticas


Pessoas fazem compras num mercado em Luanda, Angola. (Photo by AMPE ROGERIO / AFP)
Pessoas fazem compras num mercado em Luanda, Angola. (Photo by AMPE ROGERIO / AFP)

O aumento salarial na função pública de cerca de cinco por cento, a redução do IVA de sete para cinco por cento; e de dois para um por cento”, na província de Cabinda, são os principais eventos anunciados pelo Governo para o ano de 2024.

Angola em 2024: Promessas de uma vida melhor devem ser acompanhadas de ações pragmáticas
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Outra “boa nova” prometida pelo executivo angolano tem a ver com a entrada em funcionamento, já em Fevereiro, do novo Aeroporto Internacional, em Luanda, com a capacidade para 15 milhões de passageiros e um volume de carga de 130 mil toneladas por ano.

Nas projecções do Governo, o ano de 2024 vai ainda ser marcado pelo início da perfuração do primeiro poço de exploração de petróleo na província do Namibe.

Analistas ouvidos pela VOA afirmam, entretanto, não haver motivos para acreditar que o ano de 2024 venha a ser diferente em termos de melhoria das condições de vida da população.

"A juventude não é prioridade do governo angolano", Nelson Francisco
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“Teremos um ano mais sacrificante para a vida dos trabalhadores angolanos” diz o líder da Central Geral dos Sindicatos Independente e Livres de Angola (CGSILA), Francisco Jacinto.

Para Jacinto, as realizações anunciadas não vão contribuir a melhoria da vida dos trabalhadores “ainda que se descubram mais três ou quatro poços de petróleo”.

Elias Isaac, analista político angolano também não manifesta qualquer optimismo em relação ao ano de 2024 por entender que “são medidas politicamente convenientes, mas de concreto nada vai acontecer de grande realce”.

Continuar a sonhar

“Baixar ou não o IVA e aumentar o salário não vai mudar a vida das pessoas” diz Isaac que aconselha o Governo “a aparecer com políticas mais pragmáticas que vão de encontro às necessidades da população na questão de fomento de emprego da juventude e melhoramento das condições de educação e de saúde”.

Rafael Morais , responsável da SOS-Habitat também diz que “vamos continuar como estamos hoje” , afirmando não haver “bases de argumentação” que garantam que tudo vai mudar em 2024.

Entretanto, Domingos Cazombo, ativista social e responsável eclesiástico , diz que, apesar de tudo, os angolanos devem continuar a sonhar por melhorias em 2024 “na perspectiva da luta que possa levar o país à prosperidade”.

O Governo também anunciou que a partir de 2024 os administradores municipais de todo o país vão a partir do primeiro trimestre responder diretamente aos cidadãos sobre a forma como é gasto o dinheiro público.

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