Partidos políticos na oposição em Angola minimizam o impacto da
decisão de José Eduardo dos Santos e acusam o líder do MPLA de
pretender assumir uma dupla liderança do pais.
Para falar sobre oassunto ouvimos, Manuel Fernandes, vice presidente da CASA CE,
Sediangani Mbimbi, antigo líder do PDP-ANA e o analista político
Fernando Ribeiro.
Continua a onda de reacções, entre políticos e membros da sociedade
civil, sobre a decisão do líder do partido no poder em Angola, de não
ser o cabeça de lista do MPLA, nas eleições marcadas para Agosto do
corrente ano.
A decisão que ficou confirmada durante a reunião do comité central do
partido dos camaradas, acabou por dissipar as diversas especulações
alimentadas, desde a realização do sétimo congresso do partido que
sustenta o governo angolano.
Analistas próximos ao partido no poder sustentam que esta decisão de
José Eduardo dos Santos vem baralhar a estratégia eleitoral dos
partidos na oposição e acrescentam que a indicação do general João
Lourenço como cabeça de lista, foi uma jogada bem acertada.
Entretanto, responsáveis dos partidos políticos na oposição não
partilham da mesma opinião e consideram que esta decisão vem tarde de
mais, a julgar pela longevidade do consulado de José Eduardo dos
Santos, marcado por uma gestão ruinosa, corrupta e violador dos
direitos e liberdades dos cidadãos.
O vice presidente da Convergência Ampla de Salvação de Angola, CASA
CE, não concorda com as opiniões segundos as quais, a oposição foi
surpreendida com o facto político protagonizado, nos últimos dias,
pelo partido no poder.
Manuel Fernandes lamenta, apenas, o facto da coligação que representa
não ter o privilégio de derrotar José Eduardo dos Santos nas próximas
eleições.