Angola tem neste momento uma dívida externa de 65 mil milhões de dólares que está a ser reduzida “de forma bastante agressiva” depois ter ter chegado a mais de 80 mil milhões de dólares.
A afirmação é da ministra das Finanças de Angola, Vera Daves, em entrevista à Voz da América, em Washington, nes quinta-feira, 24, na qual, no entanto, assegurou que a dívida “é sustentável”.
“Temos estado sempre a fazer gestão pró-ativa. procurando a todo o momento encontrar oportunidades que permitam alongar maturidades, que permitam ter financiamentos mais baratos e de alguma forma usar esses financiamentos mais baratos para pagar outros mais caros”, disse a ministra que acrescentou que o seu Govenro continua sempre à procura dos “melhores termos possiveis” de financiamento “para tesouraria ou projetos”.
“É por essa razão que este ano ainda não fizemos nenhuma emissão de Eurbonds”, afirmou Vera Daves afirmando que a taxa de juro neste momento que Angola teria que pagar nesses títulos seria “de dois digitos, o que iria aumentar o stress da divida angolana".
O Governo angolano está disposto a emitir esses títulos, mas só com taxas de juro de “um digito”, disse sem especificar concretamente a taxa aceitável
Na entrevista, Vera Daves abordou também a sua recente exigência a todos os departamentos governamentais, incluindo embaixadas, a apresentarem contas regularmente, algo que não estava a ser feito.
A ministra referiu-se a “um bom progresso” com todos os orgãos governamentais, incluindo o poder local e as missões diplomaticas que estão a prestar contas.
“Em termos de prioridade, estamos bem e na qualidade melhrou bastante mas pode continuar a melhorar”, concluiu a ministra das Finanças.
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