Os grandes centros urbanos angolanos vão continuar a registar falta de electricidade porque a quantia produzida actualmente não é suficiente para a demanda.
Actualmente, a produção angolana de eletricidade ronda os 1.500 MW, abaixo, nesta altura do ano, do consumo, pelo que as restrições no fornecimento também vão continuar.
O Governo, contudo, diz que até final do próximo ano o país deverá estar a produzir cerca de 5.000, o que é mais do que suficiente para as actuais necessidades.
O aproveitamento hidroelétrico de Laúca faz parte dos projectos que garantirão esse aumento de produção de energia e deverá começar a produzir cerca de 600 Megwats eletricidade em julho de 2017.
Actualmente, cerca de 80 por cento das obras de construção civil e 52 da componente electromecânica estão cumpridos, confirmou em Laúca, o director do projecto Elias Daniel Esteves. Paralelamente estão em formação desde Setembro último de 84 técnicos nacionais.
O enchimento da Albufeira, que terá 188 quilómetros de extensão, começa em Fevereiro do próximo ano, enquanto a primeira turbina gera energia eléctrica a partir de Julho, confirmou o director do projecto, Elias Daniel Esteves.
A energia de Laúca será transportada para o norte, centro e sul do país, onde decorrem as obras de construção das linhas de transporte Laúca/Cambambe, Laúca/Cacuso/Calandula e Malanje e Laúca/Huambo nos próximos 18 meses.
“O nosso foco é na linha que vai Laúca/Capanda e Dezembro deste ano tem que estar concluída a linha, para permitir comissionarmos os grupos geradores”, confirmou.
A hidroeléctrica de Laúca foi projectada para produzir 2.070 megawatts de electricidade, a partir de seis turbinas de 334 megawatts cada, em duas centrais.
A componente principal vai gerar 2.004 megawatts, enquanto a ecológica com capacidade para gerar 67 megawatts deve entrar em funcionamento em 2018.