O especialista em relações internacionais Augusto Bafua Bafua aconselhou Angola a virar as suas baterias de política externa para comunidades onde tem mais laços porque nas francófonas e anglófonas a posição de Angola será sempre de segundo grau.
"Angola devia virar-se muito mais para os PALOP e por via disso exercer maior influência na CPLP porque tanto na Commonwealth como na Francofonia seremos sempre membros de segunda classe, nunca conseguiremos ter a solidariedade, cumplicidade e cooperação com outros países que estão nisso há décadas com relações de sangue e centenárias e até mesmo no âmbito das organizações africanas cooperam", sustentou aquele especialista.
Já o cientista político Agostinho Sikatu acredita que estas comunidades não têm nada de extraordinário para dar a Angola e os pedidos de adesão são “meras operações de charme”
"Quem é a Commonwealth, quem é a Francofonia?", pergunta, para explicar que "do ponto de vista estrutural estas comunidades não têm nenhum impacto político, e que tanto Angola estar ou não lá, não faz nenhuma diferença”.
Para Sikatu a “adesão a estas organizações é apenas uma questão de charme politico "
Quem também acredita que Angola ganha muito mais reforçando a sua presença na lusofonia é o especialista em relações internacionais Alcides Sakala, da UNITA
"Acho que a lusofonia é muito mais profunda para Angola já que temos a língua comum, relações consanguíneas”, disse.
Por seu lado, o analista político João Castro Freedom acredita que a questão de adesão a esses organizações "deveria ser precedida de uma discussão pública".