Suíça e a Singapura encabeçam a lista dos países catalogados pelo Serviço Nacional de Recuperação de Activos (SENRA) da Procuradoria Geral da República (PGR) como os destinos dos maiores depósitos em bens e valores que terão sido subtraídos do país.
Deste património, o empresário angolano Carlos São Vicente, que cumpre uma pena de prisão em Angola por peculato, fraude fiscal e branqueamento de capitais, possui em Singapura uma conta bancária com 558 milhões de dólares americanos que se encontra congelada pelas autoridades daquele país.
São Vicente possuía também centenas de milhões de dólares na Suíça.
Os dados avançados pela directora do SENRA, Eduarda Rodrigues, e publicados na página oficial da instituição, dão conta que só no país europeu estarão depositados mais de mil milhões de dólares (USD 1.114.165.175.00), enquanto na Singapura estarão localizados mais de 700 milhões de dólares.
Deste património, o empresário angolano Carlos São Vicente, que cumpre uma pena de prisão em Angola por peculato, fraude fiscal e branqueamento de capitais, possui em Singapura uma conta bancária com 558 milhões de dólares americanos que se encontra congelada pelas autoridades daquele país.
Na lista dada a conhecer pela instituição da PGR responsável pelo confisco de activos destacam-se, ainda, Bermudas, com mais de 200 milhões de dólares, Portugal (Euros 20.951.988.20), Luxemburgo (USD 3.637.988.20), Chipre (USD 584.000.000.00) e Reino Unido (USD 250.000.000.00).
O processo de entrega voluntária de bens, que antecedeu à lei do repatriamento coercivo de capitais, permitiu ao país recuperar cerca de cinco mil milhões de dólares.
Jurista Manuel Cangundo, só com acordos políticos, Angola consegue trazer para o território nacional estes valores.
“Se for o dinheiro que já foram recuperados aqui o estado angolano poderá dispor através de vários acordos políticos entre o estado angolano e esses estados onde estes bem estão localizados e apreendidos, claro”, disse.
Já o analista Agostinho Sikato, entende que as autoridades angolanas terão de depender da vontade política destes países, uma vez que, muitos deles têm interesses nestas fortunas.
“Só cooperação entre os países, será difícil e não é possível trazer esse dinheiro no país, salvo boa vontade destes países”, disse.
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