Líderes cristãos e muçulmanos em Angola dizem seguir com muita preocupação a guerra entre Israel e Hamas e pedem o fim das hostilidades e mortes.
Na segunda-feira, 16, o Presidente angolano voltou a condenar o ataque a Israel e pediu uma solução definitiva para a criação do Estado da Palestina.
No discurso sobre o estado da nação no Parlamento, João Lourenço afirmou assistir "com bastante apreensão ao agravamento e escalar da tensão no Médio Oriente desde o passado dia 7 do corrente mês, com o condenável ataque a Israel que lamentavelmente vitimou um elevado número de civis indefesos".
Embora assista a Israel o direito a defender-se, a proteger a vida dos seus cidadãos, continuou Lourenço, "a verdade é que esse mesmo direito tem igualmente o povo palestiniano, que vive há décadas uma situação de contínua ocupação e anexação de partes do seu território, situação inaceitável em pleno século XXI".
Esta situação que, para o Presidente angolano "agravou ao extremo deve-nos recordar e conduzir para a necessidade da implementação sem mais hesitações das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas para a criação do verdadeiro Estado da Palestina, com as garantias de segurança em coexistência pacífica dos dois Estados Soberanos".
Por seu lado, o Conselho Islâmico de Angola (CONSIA) mostra-se preocupado com a guerra e apela o um cessar-fogo imediato naquele território.
“Em nome do CONSIA, em nome de todos os muçulmanos espalhados a nível do mundo, apelamos ao cessar-fogo imediato por parte de Israel na Palestina, na Faixa de Gaza, apelamos as Nações Unidas e todas as outras organizações e países que de uma forma direta, apelamos à paz a tranquilidade e a estabilidade em todos os Estados”, afirmou à Voz da América Altino Miguel, responsável da CONSIA, que já tinha emitido uma nota a pedir orações a favor dessa situação.
O mesmo apelo vem da comunidade cristã angolana.
O conhecido Padre Pio Wakussanga lembra a linha do Papa Francisco que ele e a Igreja Católica seguem.
“Em linha com o Santo Padre, o Papa, em linha com a própria Bíblia, onde Jesus prometeu que os muros deviam ser derrubados, que os gregos e troianos deveriam unir-se, judeus e gregos deveriam fazer único povo, nós cristãos e cidadãos, o nosso apelo é que a paz ultrapassa toda a diferença, a paz é uma graça de Deus, apelamos realmente que todas as diferenças no Médio Oriente sejam derrubadas”, disse aquele líder religioso e ativista social que lembrou que os inocentes é que sofrem e pediu "que "cessem as mortes de inocentes”.
A Voz da América tentou falar com a Comunidade Judaica de Angola, mas até agora não foi possível.
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