Pela primeira vez nos últimos cinco anos, as transações monetárias em Angola sofreram alterações inflacionárias relevantes, com a moeda nacional a ser depreciada em larga escala e a nota de dólar americano a passar dos 100 mil kwanzas.
Vários economistas não têm dúvidas em admitir que a nota pode atingir 150 mil kwanzas.
Os especialistas em microfinanças consideram que, mais uma vez, a economia angolana volta a ficar asfixiada com a falta de divisas para a execução de pagamentos ao estrangeiro, pelo desequilíbrio da oferta e da procura de moeda estrangeira, dado que, a economia continua dependente das exportações de um único produto, o petróleo.
Uma constatação feita, recentemente pelo jornal Expansão, confirmou que as empresas e os particulares estão com muitas dificuldades em realizar transferências para o exterior do pais porque, segundo aquele semanário, os bancos têm menos disponibilidade de moeda estrangeira para atender as necessidades dos clientes.
Diante deste cenário, especialistas afirmam que este fato poderá representar um aumento contínuo no nível geral dos preços, aliado à escassez de alguns bens de consumo, enquanto a classe empresarial encontra-se de mãos atadas, numa altura em que o Governo continua a ensaiar várias soluções.
A Voz da América analisou o tema com os economistas Heitor Carvalho, Carlos Rosado de Carvalho e José Filomeno.
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