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Angola: Controvérsia em redor de plano do governo para melhorar a sua imagem


Presidência da República de Angola
Presidência da República de Angola

Desconhece-se quanto vai ser gasto no plano que criticos descrevem como porta aberta para a corrupção

Um plano do governo angolano para melhorar a sua imagem está a ser alvo de acusações de ser uma nova porta aberta para a corrupção mas a mesmo tempo há quem defenda o plano face ao que é descrito como manobras anti-democráticas para denegrir o governo.

Governo angolano vai gastar fundos para melhorar a sua imagem – 3:00
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O executivo angolano lançou nesta semana o Plano Nacional de Comunicação Institucional, com o objetivo de promover a defesa da imagem e da boa reputação do governo, tanto interna quanto externamente

Não foi revelado o montante a ser gasto nesse plano

Escrivão José, jornalista angolano, acredita que este plano é apenas mais uma oportunidade de alguns se enriquecer à custa do povo angolano.

“Esse plano é para esquecer, este plano é para, se calhar, enriquecer mais outros marimbondos, conforme o próprio presidente João Lourenço diz”, disse o jornalista.

“Acredito eu que não haverá patrocínios, ou não haverá investimentos, ou não haverá apoio neste fundo, neste plano de comunicação institucional para os órgãos independentes”, disse Escrivão José

Mariano Brás, outro jornalista, afirma que este é um plano de corrupção disfarçado para melhorar a imagem do governo, usando influenciadores e comentadores políticos.

“A imagem de um governo é o governo trabalhando, é o governo agradando o seu povo, é o governo colocar comida, água, energia, os bens primários de um povo”, disse afirmando que em vez de se preocupar com a imagem o governo deveria concentrar-se nos “trabalhos básicos a fazer”, Manuel Pinheiro, analista político, defende que o plano é necessário para combater ataques injustos contra o Executivo e manter a estabilidade da imagem de Angola.

Pinheiro disse que o trabalho do governo “dispensa branqueamento”.

“Quem é observador vê que há, um certo combate anti democrático que se realiza contra o Executivo, mas sobretudo por vários sectores que limitam-se a negar os feitos do Executivo ao invés de fazerem críticas construtivas”, lamentou.

“Nós temos necessidade de informação, mas sobretudo uma informação que eduque, que crie harmonia, não o recurso permanente da mentira só para denegrir o bom nome das instituições da República e dos seus dirigentes”, acrescentou Manuel Pinheiro para quem “a crítica tem que ser uma crítica para estimular o melhoramento da ação governativa”.

O Plano Nacional de Comunicação Institucional já está em vigor, mas a sua efetividade e impacto real na gestão da imagem do Executivo angolano ainda são alvo de debates. Sem respostas claras de representantes do Ministério da Comunicação Social, resta saber se essa nova estratégia trará mudanças concretas ou apenas alimentará o ceticismo.

A VOA contactou Joao Demba, Director Nacional de Informação e Comunicação Institucional do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social mais não tivemos qualquer resposta.

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