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Angola: As "nefastas" consequências do alcoolismo na juventude e no funcionalismo público


Alcohol Deaths
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Profissionais da saúde e da educação e membros das forças de defesa e segurança lideram as estatísticas do consumo execessivo do álcool

Um estudo recente do Instituto Nacional da Luta contra Drogas de Angola concluiu que os profissionais da saúde e da educação e membros das forças de defesa e segurança lideram as estatísticas do consumo execessivo do álcool no país.

Para analistas ouvidos pela Voz da América, o consumo execessivo de bebidas alcoólicas no país tem um impacto negativo na economia e contitui um atentado à saúde e à vida e à segurança dos cidadãos angolanos.

Angola: As "nefastas" consequências do alcoolismo na juventude e no funcionalismo público
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Nesta semana, ao defender no Parlamento a proposta de Lei Sobre o Regime Especial de Disponibilização e Consumo de Bebidas Alcoólicas, o secretário de Estado para Saúde Pública, Carlos Pinto de Sousa, voltou a citar essa realidade.

O estudo concluiu que jovens dos 20 aos 24 anos de idade figuram entre a franja da população em que o consumo excessivo do alcool é mais acentuado.

O analista social André Augusto diz que o uso excessivo do álcool nos setores descritos "é a causa da ocorrência de mortes por arma de fogo envolvendo efectivos das forças armadas e da polícia, das mortes por administração inadequada da medicação aos doentes nos hospitais e do roubo de medicamentos e de outros meios que deviam servir o público".

Augusto acrescenta que "o salário não chega até ao fim do mês então ele é obrigado a roubar medicamentos para ter bebida".

"É por isso que vemos muitos polícias a matarem as mulheres, os filhos e a dispararem contra os cidadãos na rua”, acrescentou aquele analista social quem aponta ainda o desemprego e pobreza como principal causa da apetência excessiva ao álcool por parte dos jovens “por causa do desespero devido à falta de emprego e não ter outra escolha senão o uso do álcool para evitar o estresse”.

Ilídio Manuel, jornalista e analista político e social entende que, como fenómeno social a solução do alcoolismo em Angola deve ter natureza igualmente social.

“O alcoolismo tem impacto sobretudo na produtividade das pessoas e isso causa consequências no desenvolvimento económico e social de um determinado país. Normalmente o álcool anda sempre associado ao crime”, defende Manuel.

O Parlamento angolano aprovou nesta semana, na generalidade, a proposta de Lei sobre o Regime Especial de Distribuição e Consumo de Bebidas Alcoólicas que visa impor restrições à venda e ao consumo no país em particular a menores de 18 anos.

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