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Angola apresenta uma organização favorável ao “roubo”, afirma presidente do Bloco Democrático


Filomeno Vieira Lopes, presidente do Bloco Democrático
Filomeno Vieira Lopes, presidente do Bloco Democrático

Em Benguela, Filomeno Vieira Lopes defende mudanças que possam pôr fim a uma estrutura com mais de quatro décadas de existência e favorável a uma determinada minoria

Na primeira visita à província de Benguela enquanto presidente do Bloco Democrático (BD), Filomeno Vieira Lopes denunciou uma Angola organizada ao estilo da corrupção, sem sinais que apontem para melhorias na vida da população.

Presidente do Bloco Democrático em Benguela – 1:41
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O presidente daquele partido que vai integrar a Frente Pariótica Unida e que cumpre nesta segunda-feira, 27, o quarto e último dia de visita, considera que o problema não é tanto o deteriorar do nível de vida das famílias nos quatro anos do Presidente João Lourenço, mas uma organização do Estado que facilita o que chama de roubo.

Vieira Lopes defende mudanças que possam pôr fim a uma estrutura com mais de quatro décadas de existência, favorável a uma determinada minoria.

O líder do BD, que falava para militantes do seu partido e activistas de organizações da sociedade civil, fez saber que os valores de honestidade não têm espaço neste país.

“Quem quiser roubar, tem o trono à espera; quem é honesto, tem a vida dificultada, por isso temos de mudar, o país foi organizado não para dar o bem estar da população, mas para um grupo minoritário conseguir roubar”, desabafou o político, assinalando que “todos os que se aliarem a este grupo vivem bem”.

Filomeno Vieira Lopes voltou a visitar as centenas de famílias desalojadas do bairro das Salinas, arredores da cidade de Benguela, há mais de um ano no magistério Lúcio Lara.

"O quadro é desolador, são populações ao relento, suportando frio, sem luz, água potável. Precisamos de dar um impulso, isso a nós incomoda muito”, salientou Vieira Lopes.

Sobre a Frente Patriótica Unida, ele reafirmou que o foco é assegurar eleições transparentes e admitiu que Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, esteja na dianteira para liderar o movimento que luta pela alternância.

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