Os activistas detidos por alegadamente planearem uma insurreição para derrubar o presidente José Eduardo dos Santos estão proibidos de ler o conhecido escritor angolano Pepetela.
Com efeito a obra de Pepetela “Terrorista de Berkley, California” é um dos livros que as autoridades proibiram. O outro livro proibido aos presos é "As origens do Totalitarianismo", de Hannah Arendt.
Os livros foram proibidos pela direcção dos serviços prisionais de Calomboloca
Os detidos disseram à VOA que estão descontentes com a sua situação, particularmente pelo facto de continuarem em celas solitárias.
Nito Alves, por exemplo, descreveu o local como tendo falta de condições de higiene, sem água para o consumo humano.
Adolfo Campos, membro do “Movimento Revolucionário” afirmou estarem em curso diversas acções para forçar as autoridade angolanas a soltar os activistas.
Campos revelou terem enviado uma carta ao governo provincial de Luanda para darem a conhecer a realização de uma manifestação no diano final deste mês.
“Já entregamos uma carta para uma manifestação no dia 29 deste mês” disse.
O activista a firma que caso as autoridades não soltem os detidos, o país vai registar uma onda de protestos contra o executivo angolano.
De recordar que um capitão das forças armadas angolanas, Zenóbio Zumba, que trabalhava nos serviços de inteligência e segurança militar, foi preso recentemente.
Anteriormente as autoridades tinham anunciado que entre as 15 pessoas inicialmente detidas se encontrava um outro oficial, o tenente da Força Aérea Osvaldo Caholo.