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ANC não vai pedir a demissão do Presidente Cyril Ramaphosa


Cyril Ramaphosa celebrates his election as party Deputy President at the National Conference of the ruling African National Congress (ANC) in Bloemfontein, South Africa, December 18, 2012.
Cyril Ramaphosa celebrates his election as party Deputy President at the National Conference of the ruling African National Congress (ANC) in Bloemfontein, South Africa, December 18, 2012.

“Nenhum partido político vai ditar os termos para nós", Fikile Mbalula, secretário-geral do partido.

O Congresso Nacional Africano, ANC, não vai considerar quaisquer exigências de possíveis parceiros de coligação para que o presidente Cyril Ramaphosa se demita, disse o secretário-geral do partido, Fikile Mbalula no domingo, 2, depois de um resultado eleitoral contundente ter acabado com a sua maioria de 30 anos.

Enquanto a África do Sul se dirige para uma série de negociações complexas para formar um governo de coligação nacional pela primeira vez e estabelecer estabilidade, Mbalula, disse que Ramaphosa permaneceria como líder do partido e que qualquer exigência em relação a sua demissão para dar espaço a negociações era “uma área proibida”.

Secretário-geral do Congresso Nacional Africano (ANC), Fikile Mbalula, em conferência de imprensa no Centro de Operações de Midland, Joanesburgo, a 2 de junho de 2024.
Secretário-geral do Congresso Nacional Africano (ANC), Fikile Mbalula, em conferência de imprensa no Centro de Operações de Midland, Joanesburgo, a 2 de junho de 2024.

“O presidente Ramaphosa é o presidente do ANC”, disse Mbalula nos primeiros comentários públicos da liderança do ANC desde os resultados eleitorais marcantes. “E se vierem até nós com a exigência de que Ramaphosa vai renunciar ao cargo de presidente, isso não vai acontecer.”

Mbalula disse que o ANC está aberto a conversações com todos os outros partidos políticos num esforço para formar um governo, mas “nenhum partido político vai ditar os termos para nós, o ANC. Não o farão... Se vierem até nós com essa exigência, esqueçam-na”.

Mbalula admitiu que o ANC, que tem dominado a política sul-africana desde o fim do apartheid em 1994, “sofreu muito” nas eleições, mas disse que “não foi expulso”.

O ANC obteve pouco mais de 40% dos votos, ficando muito aquém da maioria que manteve durante toda a jovem democracia sul-africana. Continuará a ser, de longe, o maior partido. Mas precisa de dialogar com outros para formar um governo e reeleger Ramaphosa para um segundo e último mandato. O presidente da África do Sul é eleito pelo Parlamento após eleições nacionais.

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“Os resultados enviam uma mensagem clara ao ANC”, disse Mbalula. “Queremos enviar uma mensagem ao povo da África do Sul: Nós ouvimo-los”. Ele acrescentou que o ANC estava empenhado em formar um governo que reflectisse a vontade do povo e fosse estável.

O ANC tem muitas opções de parceiros de coligação entre os outros partidos da África do Sul, incluindo uma com a principal oposição, a Aliança Democrática, que obteve 21% dos votos.

“Vamos falar com toda a gente”, disse Mbalula. “Estamos a falar com toda a gente porque as eleições não nos deram uma maioria absoluta. As conversações sobre conversações estão a decorrer em pleno. Estamos empenhados e abertos à participação. Precisamos de estabilidade neste país”.

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