Filipe Nyusi reassume amanhã a presidência para o seu segundo mandato na direcção do país.
A espera estão mais cinco anos que analistas e personalidades ouvidas em Maputo, consideram que será um mandato cheio de desafios.
O bispo emérito da Igreja Anglicana, Dom Dinis Sengulane, aponta a consolidação da paz, que apesar dos acordos assinados no ano passado, continua longe de ser realidade.
Mas não só. Para o activista social Alberto Manhique, o mandato que ora termina teve muitas pontas soltas que se transformam em desafios para o ciclo que amanhã inicia.
“O país continua com problemas quantitativos que transitam para o próximo mandato. O ciclo que hoje termina foi bastante promissor, mas ficou muito para trás” analisa o activista.
Por esta via, o segundo ciclo daquele que no primeiro mandato classificou o “Povo” de seu “Patrão”, deve, segundo os analistas, ser formado de um governo diferente, quer ao nível técnico, quer geracional.
“É preciso apostar num governo tecnocrata” e nos “jovens, reformando a velha guarda que está cheia neste governo, que cessou formalmente hoje” sugeriu Alberto Manhique.
Três mil pessoas na posse de Nyusi
Filipe Nyusi toma posse, nesta quarta-feira, 15, perante três mil convidados nacionais e estrangeiros, na Praça da Independência.
Mais de 10 chefes de Estado estão confirmados, entre os quais João Lourenço, de Angola, Jorge Carlos Fonseca, de Cabo Verde; e Marcelo Rebelo de Sousa, de Portugal.
No dia 13, tomaram posse os cerca de 250 deputados da Assembleia da República. E no dia 17 serão investidos os membros das assembleias provinciais.