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Analistas moçambicanos questionam falta de responsabilização criminal dos gestores no caso das "dívidas ocultas"


Assunto pode ter consequências nas eleições

Em Moçambique, alguns analistas dizem que a não responsabilização criminal das entidades envolvidas na contratação das chamadas dívidas ocultas significa que o Ministério Público não tem interesse em resolver esta questão.

Em comunicado, o Ministério Público anunciou ter apresentado uma denúncia ao Tribunal Administrativo para a responsabilização financeira dos gestores de empresas públicas envolvidas na celebração de contrattos de financiamento, fornecimento e prestação de serviços relativos à Ematum, Proíndicus e Mam, sem, no entanto, indicar qualquer nome.

O analista Francisco Ubisse afirmou que tendo o Ministério Público recebido há bastante tempo o relatório relativo às dívidas das três empresas, esperava-se que o mesmo pudesse fornecer informações relevantes sobre as investigações que era suposto ter realizado.

Ubisse disse ser preocupante a forma de actuação do Ministério Público relativamente à questão das ditas dívidas ocultas, sublinhando que é estranho que o comunicado não indique nomes.

Para o analista e economista João Mosca, a não responsabilização criminal das entidades ligadas à contratação dessas dívidas, vai ter consequências para a Frelimo, sobretudo nas próximas eleições autárquicas.

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