O Presidente moçambicano revelou recentemente estar optimista quanto à recuperação da economia, mas economistas dizem que sem uma paz efectiva e reformas económicas profundas não vai ser possível manter a retoma da economia.
Filipe Nyusi disse na passada sexta-feira, 27, na inauguração do novo edifício do Banco Comercial e de Investimentos de Moçambique, que a economia está a recuperar da queda que registou em 2016 e dos choques externos, que apresentam impactos diversificados nos principais indicadores económicos e financeiros do país.
A retoma da economia, segundo Nyusi, traduziu-se na recuperação da moeda nacional, o metical, face ao dólar norte-americano e das reservas internacionais líquidas.
Entrtanto, alguns economistas dizem que vai ser difícil manter essa retoma sem reformas profundas, incluindo, por exemplo, a diversificação da economia.
Nos anos passados, houve em Moçambique muita euforia financeira, na sequência da descoberta de carvão, o que de alguma maneira colocou a economia moçambicana na dependência desse recurso energético.
Os economistas consideram que quando as economias se concentram num único produto, criam-se vulnerabilidades em casos de alterações profundas no mercado internacional.
Em 2016, a economia moçambicana sofreu a pior queda dos últimos 15 anos, crescendo apenas 3,5 por cento, depois de ter registado taxas acima de cinco por cento na última década.